Primeiro foram caixas e álbuns. Depois foram colocadas em envelopes com identificação, hoje estão numa grande mala e há alguns anos prometo que serão digitalizadas. Na verdade algumas já foram, mas quando comecei a me ver com tantas caras, rever tantas historias e “encadernações”, na ameaça de uma depressão desisti.
Ontem abri a mala de fotos e comecei o processo de digitalizar a vida. Encontrei esta de 1985, logo após o Rock in Rio, num passeio ao Corcovado com minha amiga Lali Jurowski. Nós nos conhecemos em Nova York, dividimos apartamento, e eu voltara em 1994. Lali voltou meses depois, foi para a casa da família em São Paulo e diante do anunciado Rock in Rio veio para o Rio e se candidatou a uma vaga como intérprete. Levou na hora tal a qualidade e domínio do idioma.
A delicia desta foto, além da paisagem do Rio, é que estou vestindo a camiseta de lançamento do disco Lilás, do Djavan… A música que deu titulo ao disco foi executada mais de 1.300 vezes nas rádios brasileiras em seu dia de estréia. Este disco ainda traz uma música que continua super viva “Esquinas”.
Ganhei a camiseta da Monique e da Silvinha Gardemberg, na época empresárias do Djavan, quando fui entrevistar o cantor para O Globo sobre um show que faria na Apoteose. Algo me diz que este show foi cancelado. O show se chamava Luz mas o disco era Lilás. Esta entrevista foi o meu reencontro com Djavan. Eu saí do Brasil em 1981 e ele ainda era cantor da noite, crooner do 706, uma boate pra lá de charmosa no Leblon – Av.Ataulfo de Paiva 706 – ao lado do restaurante Mariu´s. Foi lá que o ouvi muitas vezes, no final dos anos 70, cantando o que viria ser seu primeiro sucesso em 82, “Flor-de-lis”, que ao ser gravada por Carmen McRae, com o título de “Upside Down”, abriu-lhe todas as portas do mercado internacional. Um privilégio ter dançado com Djavan cantando ao vivo no velho e bom 706…
Detalhe : Esta foto foi feita pelo Bernardo, meu filho, e é tão antiga que eu e a Lali ainda fumávamos…
interessante o pão de açúcar sublinhando (ou em b) as meninas fumantes. boas lembranças que a foto ilustra com nitidez.
beijos cariocas.
Léa,
Que texto interessante, de histórias vividas suas…tão gostoso de se ler….voltar ao seu passado, cheio de histórias bonitas para seram contadas! Quando eu estiver de volta no navio com RC, ou em show dele, etc…vou até voce novamente e vou me apresentar para voce me conhecer melhor. Seus textos são histórias gostosas…eu gostaria mesmo era de ter o privilégio de passar uma tarde com voce ouvindo voce dizer que fez isto e aquilo na vida…
Acabo de vir do cinema – Nosso Lar! Lindo filme e sei qeu voce se interessa por estes assuntos também.
Carinhos