Conforme fui tirando as roupas da mala e pendurando no armário tentei fazer as contas de quantas vezes fiz este gesto de chegar a uma casa nova. Desde que saí da casa dos meus pais para morar com o Paulinho num pequeno apartamento no Leme, foram mais de 30 mudanças considerando 2 internacionais e algumas interestaduais… Tive uma casa em que o colchão ficou no chão por um bom tempo e o armário era um cabideiro suspenso por 2 escadas. Pintei caixotes de madeira que se transformaram em apoios para televisão e discos, usei fogão jacaré, fiz estantes de tabuas apoiadas em tijolos, almofadas jogadas em cima de colchões para justificar a ausência do sofá… Tive casa com piscina sauna e 7 banheiros, e também um apartamento que meu filho achou ser menor do que seu quarto de brinquedos na casa anterior… Pintei moveis para disfarçar o tempo de uso, me emprestaram armários e mesas, e o dia em que ganhei um sofá de couro fui a pessoa mais feliz do planeta…
Queria levar todas as minhas coisas em duas malas, mas ainda não cheguei a este requinte. Minimalista no conteúdo e nas palavras. Uma amiga querida limitou em uma caixa de 1m cúbico tudo o que amealhou de memorias em seus 50 anos. Fez uma seleção fina, só deixou o que realmente era muito importante como o vestido de noiva da avó! Pode ser que um dia eu chegue lá, mas por enquanto fico feliz em chegar numa nova casa é encontrar gavetas vazias para encher e prateleiras esperando livros. Um apartamento pequeno, bem decorado e aconchegante que começa a ter minha cara numa vizinhança que ja conheço… Na cozinha, a geladeira e o armário estão com o básico para a sobrevivência na próxima semana. Hoje fiz a primeira refeição e Nescafé com leite é o verdadeio sabor de que estou morando sozinha…
Olá, então muito boa sorte na nova empreitada. Ano novo e nova idade, nova perspectiva, muito gostoso. Senpre dá um friozinho na barriga né, senão não tem graça. Eu, que nunca estive só, fico imaginando… deve dar um certo medo, mas também uma sensação de liberdade… beijos para você
Belo texto. Me identifiquei com suas inumeras mudancas. As minhas foram 13 ate o momento, sendo 2 internacionais (nos Estados Unidos e em Minas).Quanto mais a gente minimaliza, mais a gente percebe que guarda coisas ditas obrigatorias, como discos, livros e bugigangas.
Mas o que fica conosco permanece eterno, como a admiracao e a amizade que tanto me encanta por voce.
Minimalismo é fundamental. Não ter portas internas, só estantes, nada de armários, chaves só uma da entrada e outra da portaria. Um arquivo de aço infelizmente ainda é necessário para as pastas suspensas, mas só 4 gavetas. Jogar fora o superfluo é minha religião [minha mãe era assim, ao contrario de meu pai e avó]. Estudei arquitetura para arrumar as casas e as cidades. Não consertei o mundo, mas minha casa com certeza.
Beijos !!
Léa,
Foto linda esta, mas me encheu a bôca d’agua…..papaya e banana prata…..
Aqui na Alemanha de vez em qdo aparece papaya, com uma propaganda BRASILIEN, caro que só, mas nao tem jeito, compro mesmo….. mas banana prata….., só no Brasil.Ai que saudade!!
Boa temporada paulista!!!!!
Com o carinho da
Wilma
Que Delícia, Léa! Realmente, descobri o prazer de morar só aos 27 e como é maravilhoso!!! Amei o Texto!
Beijãoo
Eu também quero poder levar minhas coisasem apenas duas malas. E um dia vou conseguir…
Sorte na casa nova!