Pelo telefone pergunto à minha irmã sobre sua amiga que recentemente passou por um longo processo de saúde. “Brigamos”, responde laconicamente. Como a esta altura da vida ainda se briga com amigos? “Lelé, você ainda não aprendeu que amigos chegam para cumprir um tempo em sua vida e depois vão embora?”. Fiquei pensando sobre isso nos últimos dias e concluí que não tenho este desapego e jamais quero aprender esta lição. Mesmo se tiver brigado, mesmo não querendo estar junto, acredito que amigos são para sempre. Faço tudo para não perder, busco nas redes sociais, pergunto para outros amigos, pois eles são testemunhas da minha trajetória. A minha vida não se conta sozinha, mas sim com todos os outros que estiveram dialogando, rindo, chorando, aprendendo, crescendo junto.
Há alguns anos quando vim morar em Vila de Santo André, um novo conhecido ao me ouvir sempre contar algum fato interessante que vivi, perguntou ironicamente: “quantas vidas você já teve?” Respondi que algumas dúzias. E foram muitas e adoro os amigos de todos os tempos e “encadernações”. Os com que dividi cachorro quente e com quem tomei champagne. Sinto saudades de alguns que perdi, se afastaram como pássaros que vão voar em outras paragens… Estão às vezes perto, mas incrivelmente distantes, e não sabem a falta que me fazem, pois há conversas que só posso ter com eles… Rir e lembrar de bobagens como as roupas ridículas que usávamos, amores que achávamos eternos e não renderam mais que algumas semanas, dores que pareciam insuperáveis e a vida se incumbiu de mostrar que eram apenas simples ranhuras…
Em tempo de rede social, amigos surgem em profusão. Como moro em local de turismo, tem sempre alguém passando e aumenta a lista de emails. Recebo todos com enorme carinho, mas não abro mão daqueles cujo endereço tenho escrito no caderninho velho e rabiscado, do tempo em que ainda anotávamos o endereço de suas casas, que enviávamos cartão de Natal pelo correio, quando os telefones tinham apenas 5 dígitos, não havia celular, nem email quanto mais skype. Estes seguem comigo, mesmo que não tão próximos como gostaria, mas na memória…
Lindo e verdadeiro demais, Léa! bjs
Maravilha!….. Saudades de “nós”…..Beijos
É verdade…amigos são amigos,não importa a que distância estão de nós.
Os que fiz neste anos,estão guardados,no coração,na caderneta de anotações e principalmente na minha memória.
Voce segue no meu caderninho velho e no meu velho coração e não há santo que os destrua. Vamos juntos até o fim do mundo, baby.
Léa, sinto não fazer parte deste caderninho rabiscado pq vc me parece ser uma jóia rara, seus amigos são privilegiados por ter alguem tão dedicada como vc. Forte abraço !!
Leleca, acho que você, mais que a maioria das pessoas, sabe da importância dos amigos na minha vida. E você é uma delas porque nós consquistamos esse troféu juntas, numa luta comum, numa luta de amor. E isso, minha amiga, nem tempo, nem distância, nem silêncio nenhum pode fazer o coração calar. Te espero na próxima encarnação para darmos continuidade a essa nossa, acredito que, antiga e eterna história.
Beijo grande.
Nenô
Amigo: o ontem, o hoje, o amanhã – o sempre!
Lea, sao exatos 40 anos……..quarenta……..nao houve erro de digitacao…….., que vc entrou em minha vida, como um ” anjo bom”……..
Guardo vc, dentro do meu coracao, como um tesouro…….
E, assim serah, alem-vida…….
Wilma (de Berlin)
Bom ter amigos na memória.
A-mei te encontrar através da minha irmã Leila do Colégio Batista da Tijuca..
Lembra? Quando você fala de roupa penso na que usei na valsa de seus 15 anos. Todos de saia rodada e eu de justo. Imagine!
Maravilha o que você escreve!
Mírian Torres