Pensando…

Ontem perdi o sono. Depois de “fritar” na cama por uns 15 minutos voltei pra sala, liguei a tv e o computador – nesta ordem – e fiquei esperando o sono voltar. Andei pelo facebook lendo os amigos, limpei a caixa do velho orkut, joguei buraco, terminou o programa do Jô ainda vi o começo de um filme, mas bombardeada pelo sono desmaiei… Nesta madrugada assisti muitas matérias sobre o Armando Nogueira, e apesar de não termos trabalhado juntos lembro do profissional de primeira linha. Quando algum jornalista parte penso sempre no Tim Lopes. Conheci muito jovem, cabelo black power, trabalhava como boy na Bloch Editores e morava na Mangueira. Vestindo o uniforme com calça azul marinho e camisa azul clara com a logo da empresa bordado no bolso, carregava pastas e mais pastas de fotos de um lado para outro das redações. Alguns anos depois nos reencontramos no jornal O Globo. Eu no Segundo Caderno e ele repórter iniciante cobrindo a redação geral. De vez em quando vinha até a minha mesa e trazia uns textos mais poéticos, bem diferentes do que escrevia no dia a dia. Dizia que eu era sua copy desk moral. Do jornal O Globo foi para O Dia, e aí viveu vários personagens começando a construir um belo currículo como jornalista investigativo. De lá pulou pra TV Globo e sempre nos reencontrávamos com alegria. Por incrível coincidência em dezembro de 1991 fui à São Paulo receber meu único prêmio, o honroso Marketing Best pela comunicação do Rock in Rio 2 ele também estava na cidade fazendo alguma matéria. Foi comigo na entrega do prêmio num evento onde não conhecíamos uma só pessoa. Recebi o troféu e saímos para comemorar com muito vinho. Jamais esqueci Tim que tinha nome de Arcanjo. E também outros amigos e companheiros de redação que já se foram…Gostava de estar na redação, deixei fazem muitos anos. Mas hoje, quando mandei um email para o Maneco Jr, assessor de imprensa da exposição pedindo um help, ele respondeu tão rápido que tive o sentimento de estar falando com alguém do meu lado. Hoje escrevo sozinha, não é ruim, mas as vezes perco o sono.

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Uma resposta para “Pensando…

  1. Léa, se eu nao fosse do marketing seria compositor e jornalista. Como ainda há tempo, componho mas…..jornalista, jamais.

    Voce diz que escreve sozinha, não éverdade. Sua mente esteve cheia de gente, na Bloch, no Globo e alhures. E seu coração esteve assim tim-tim de boas lembranças.

    Afeto não é solitário mesmo sem companhia. Quem gosta, compartilha sensorialmente a presença de quem não está ao nosso lado.

    Ao pisar nas areias da sua belíssima praia, quem sabe o grão que seus pés marcaram nao teriam vindo de outro luhgar, onde possam ter sido também marcados por alguma pessoa amiga e que chegou a voce pelos sagrados mistérios?

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