Eu tinha 1 ano quando ele morreu e cresci ouvindo falar do vovô Vital, uma lenda que ia muito além da foto no álbum, onde aparecia elegantemente vestido e sentado ao lado de vovó Dinah. As minhas melhores lembranças de férias na infância estão ligadas diretamente a esta família, a casa tão grande, quase um sitio em Niterói ao lado do laboratório (hoje Instituto) e do bairro que leva seu nome: Vital Brazil. Memórias da casa de meus padrinhos Eliah (Vital Brazil) e Álvaro (Protásio) no bairro das Laranjeiras, repleta de primos e apesar do barulho da garotada tinha alguma coisa de silencioso no ar. Talvez o jeito calmo e manso dos meus padrinhos em conduzir seus 11 filhos.
Nesta casa cercada de árvores, como muitas salas, tinha uma especial, onde estavam expostos objetos e documentos do vovô Vital distribuídos com cuidado em uma escrivaninha, estantes, quadros e aparadores. Eu ficava horas admirando as relíquias, um verdadeiro museu. E hoje quando vi esta foto postada no FB feita no almoço da família ontem em Niterói, foi voltar ao tempo e lembrar uma historia antiga de amor e amizade…
Minha avó Déa nasceu em Curitiba, ali vivia com os pais e quando jovem tinha uma amiga chamada Dinah, cuja mãe havia morrido. E não é que a vovó se apaixonou pelo viúvo, pai da melhor amiga? Um escândalo! “Como casar com alguém com a idade do seu pai e ainda por cima com filhos prá acabar de criar?” Mas Déa foi firme, casou com Paulo e, algum tempo depois, Dinah, para escândalo ainda maior, casou com um homem quase da idade do seu avô. O marido de Dinah era o cientista Vital Brazil, também viúvo com muitos filhos. Déa e Dinah tiveram filhos quase ao mesmo tempo. Déa enviuvou primeiro, costurava para os seus filhos e para os de Dinah …Se consolaram nas perdas, comemoraram as conquistas, nascimento de netos e bisnetos. Dinah generosa deu uma casa prá Déa e partiu primeiro. Esta relação de carinho – amizade se perpetuou nas gerações… Como dizia papai “são os Vital Brazil” e gostei de ver a foto do vovô Vital feita por sua bisneta Inês Lampreia tendo com a modelo a trineta Maria Carolina. E viva a família !!!
Barbaro!!
Bonito texto, Léa. Viva os Penteado!
Beijos
Que história linda! Texto que remete a recordações da infância são emocionantes! Parabéns Léa. E viva essas famílias que se multipk licaram.
Que história linda! Texto que remete a recordações da infância são emocionantes! Parabéns Léa. E viva essas famílias que se multiplicaram.
Linda história ! Emocionantes , o amor peça fundamental da vida .Parabéns a família.
Léa,
Obrigada por me lembrar de vó Déa do tempo q convivemos e de que é sempre possível a gente manter os vínculos da nossa memória afetiva. bj
Léa obrigada pelas lembranças de tão bons tempos. bjs
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