Estávamos sentados frente ao rio olhando a noite estrelada e conversando sobre assuntos tão delicadamente pessoais, quando percebi que a minha volta estavam meus mais novos velhos amigos… Excetuando a amiga que herdei do meu irmão, as outras relações foram construídas há menos de 7 anos. Falávamos sobre planos e também das nossas mazelas, algumas dores, desafios e superações, tudo isso embaixo de uma noite azul com uma brisa deliciosa. Voltei prá casa pensando de onde vêm os amigos.
Quando morei em Nova York, eu me senti muito orgulhosa por ter conquistado amigos que além de não falarem a minha língua, sabiam do meu país como algo distante no terceiro mundo. Eu vinha de uma vida de muitos amigos, de alguma repercussão como pessoa pública e conquistar americanos que mal sabiam pronunciar o meu sobrenome foi uma enorme vitória… Matei ali 10 anos de análise… Mas todos esses amigos vieram como os demais através da sala de aula, da vizinhança, do trabalho ou de algum local de diversão.
E foi da vizinhança nesta vila tão pequena aonde vivo que fiz os amigos com quem vi estrelas ontem a noite. Aqui não é preciso muito. É só chegar que de boca em boca as informações do novo morador é passada, e quando você encontra com alguém, abre um sorriso num cumprimento, já sabem quem você é e de onde veio… Uma forma gentil de abrir a rede e receber “estrangeiros”.
Mas nestes últimos dias com o lançamento do livro em São Paulo fui surpreendida com uma nova forma de fazer amigos. Encontrei pessoas que me abraçaram com um enorme carinho, como se fossemos velhos amigos e me conheceram pela internet. Sabem detalhes da minha vida pelas coisas que escrevo, sonham um dia conhecer Vila de Santo André e foram buscar um autógrafo no livro. Fiquei profundamente tocada e descobri que alem do amor, existe a amizade incondicional! Sou querida por quem nunca tinha me visto pessoalmente!!! Não conhecem meus defeitos, o perfume que uso ou o tom da minha voz. Ainda não me viram atacada brigando com o mundo e gostam de mim mesmo assim… Escolheram esta amizade por que em algum momento escrevi uma palavrinha que tocou seu coração e gerou uma empatia. Adoro as possibilidades da tecnologia que nos faz tão perto e intima de tantos… Acredito que na vida só valem os amigos… E não importa de onde vieram…
Valerão. Sempre. Beijos.
E foi através da internet que reencontrei minha “prima amiga de infância”. Vivemos “uma vida” juntas, como se fosse a coisa mais natural do mundo nos encontrarmos todos os finais de ano (era como se um ano todo não houvesse passado a cada reencontro) e depois todos os anos da idade adulta sem nos vermos. E agora, nos reencontramos. Tantas lembranças, tantas coisas divertidas! Quem sabe o que o futuro nos reserva? Estou no aguardo…. Beijos
Lindo, linda!
Quando eu era menina,ajoelhava todas as noite pedindo a Deus que quando eu acordasse no dia seguinte,meu boneco Fred tivesse virado gente.Nunca virou.Mas a cada pedido, Deus anotava:mais um futuro amigo para a Vera.E assim ele os foi destribuindo no meu caminho como pérolas
das mais verdadeiras,como amigos eternos e mais leais.O Victor me deixou de herança para você porque sabia que há muitas outras vidas atrás sempre estivemos juntas e nessa não haveria de ser diferente. Eu te amo para sempre, Leleca. Com o amor eterno de uma irmã. Nenô.
Lindo Léa,me orgulho em estar entre seus amigos!
Quantas bênçãos temos com amigos que podem passar esta verdadeira sensação do conforto da amizade!
Adoro a fôrça da sua palavra!!!bjs