Antes de acordar totalmente, meus olhos ainda fechados e a cena de ontem da dor de Debora (Nathalia Dill) ao ser abandonada por Jorginho (Cauã Reymond) na novela “Avenida Brasil” permanecia muito clara, como um vídeo repetindo. Quem não sofreu uma dor deste tamanho certamente não viveu um grande amor. Este grande amor não significa o amor da vida inteira, aquele que se faz parceiro na trajetória e realiza sonhos. Mas este tamanho de dor onde as lágrimas pulam dos olhos, o nariz escorre e se tem a sensação de que um buraco abriu sob os pés e nada mais no mundo faz sentido, é um amor para nunca se esquecer. Pode durar apenas alguns dias, mas é tão forte que dilacera, nos coloca asas e um sorriso definitivo no rosto pelo tempo em que durar. Pulsa nas entranhas, perde a hora dos compromissos, esquece a família e vai apenas ser feliz.
Eu vivi uma historia assim. Talvez por isso o choro compulsivo da personagem da novela tenha me tocado tanto. Eu ouvi, sentada na mesa de um restaurante, assim como “Debora” de “Jorginho”, a terrível frase “você foi a melhor coisa da minha vida, mas….” . E isto não foi no final de nenhum dos 2 casamentos, mas de um amor que da mesma forma rápida com que chegou, partiu. Um amor que depois de dias de lágrimas na cama, sem conseguir abrir os olhos nem sair para trabalhar, se tornou um grande amigo. Concluí que amor deste tipo faz este estrago não por ser tão especial, mas por chegar num momento em que é preciso se sentir querida, amada, desejada, mesmo que por poucos dias e depois seja completamente destroçada. Apenas pelo prazer de dizer “ vivi um grande amor” e ter uma música para acompanhar a historia…
Vivi várias histórias de rejeição. Chorava atrás da porta. Não me arrependo de nada. Mas vejo, hoje, que “vivi uma grande obsessão”…
tb passei por isto Lea!!! e b chorei este tanto de lágrimas!!!!!! e foi mais de uma vez!!!!!!!!!!! lindo teu texto! como sempre! me identifico mto lendo tuas palavras! bjuux
já chorei,despetalei ,hoje lembrar me faz sorrir