Tenho pensado onde Deus buscou inspiração para criar o amor de mãe …
Houve alguma pesquisa, teste de produto, discutiu-se a viabilidade do negócio, planejamento de gestão, a área estava aquecida para este segmento?
Nada disso, foi na lata, e fez o que há de mais incoerente em forma de amor.
Não creio que seja amor, deveria ter outro nome este sentimento que em nada se assemelha com o amor do coraçãozinho feito com as mãos em conchinha, nem os suspiros apaixonados, as borboletas no estômago, o frisson que gera taquicardia quando o outro surge ou o que está na poesia, na letra das músicas…
Não parece com o amor que sentimos por irmãos, parentes e amigos, ou por algo material, como uma bolsa, um sapato, um vestido que se enche a boca para dizer AMO…
Nada disso, amor de mãe é desmedido, enlouquecido, às vezes contido e disfarçado para não ficar ridículo.
Amor de mãe é babão, chora por dentro, sofre, se descabela com os desacertos dos filhos, como se fosse possível tomar para si as decepções, tristezas e os maus tratos que a vida lhes dá.
Amor de mãe é atemporal, disponível 24hs por dia, um ambulatório para emergências. Nem mesmo os absurdos que às vezes os filhos dizem num rompante de desespero são possíveis de enfraquecer o sentimento.
Amor de mãe é o único tipo de amor que vem com culpa (“onde eu errei?”) e com responsabilidade (“que mundo é esse para o meu filho?”).
Os pais que me perdoem mas jamais entenderão este amor, é privilégio das mãe e nem as filhas imaginam a sua extensão. Só mesmo quando se tornarem mães.
Nada a acrescentar. Perfeita.
Neste texto você se superou. Maravilhoso.