Parabéns Leny Andrade

Em outubro de 1983 passei a madrugada andando pelas ruas de Manhattan esperando o jornal The New York Times ir para as bancas.  Não andava sozinha, estava com a Lali Jurowski e o Zé Luiz Oliveira esperando para ler a crítica do show de Leny Andrade no Blue Note… Foi o Zé quem fez o contrato da Leny para seu primeiro show na Big Apple, a Lali minha amiga era produtora e intérprete da cantora e músicos, e eu tinha intermediado com a agencia de turismo aonde trabalhava o patrocínio da hospedagem e passagem aérea para a “brazilian jazz singer” conquistar a América.  Lembrei desses momentos com a notícia de que hoje Leny está fazendo 79 anos…

Ao longo dos anos ouvi Leny nas noites do Rio, ela tocou (e toca) na playlist de meus amores, principalmente os boleros… Há alguns anos reencontrei Leny morando no Retiro dos Artistas. Lembramos esta temporada que não mudou apenas a sua vida, mas a minha também.  Ela não sabia o quanto tinha sido importante quando uma noite no hotel em Manhattan, se preparando para o show, falávamos sobre crenças e ela me deu um livrinho de orações diárias… Durante muitos anos achei que o tinha perdido em tantas mudanças, até que ressurgiu numa pasta de documentos antigos num momento em que eu precisava ter fé. Desde então ele está na minha mesa de cabeceira…

Feliz aniversário Leny querida… que os anjos, arcanjos, elohims e serafins sempre estejam em seu caminho…

By John S. Wilson

  • Oct. 2, 1983

JAZZ: THE BRAZILIAN SINGER LENY ANDRADE

Leny Andrade, who’s being heralded as ”Brazil’s No. 1 jazz singer” at the Blue Note, where she is making her American debut through tonight, is a short, plump, round-faced woman who looks somewhat like Mildred Bailey and who does scat singing with an agility that approaches Ella Fitzgerald.

But in a program that is rhythmically focused on the bossa nova and on the livelier, more headstrong samba, and sung, with one exception, in Portuguese, Miss Andrade is most impressive in a song that is totally removed from jazz – an emotional and moving ballad in the Piaf tradition, ”Cantador.”

Miss Andrade sings it in a darker, softer voice than Piaf’s, with a dramatic effect that comes through even to a listener who doesn’t understand Portugese.

Her jazz talents come out in full force when her scat singing is done in challenging exchanges with the trumpeter and trombonist Claudio Roditi and the excellent quartet that he leads as her accompaniment – Aloisio Aguiar, piano, Lincoln Goines, bass, and Portinho, drums.

Possibly in an attempt to get around her language limitation, Miss Andrade is depending too much on scat singing, which soon becomes monotonous, particularly when she has another side to her singing that indicates a much wider vocal scope.

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2 Respostas para “Parabéns Leny Andrade

  1. Marilia Barbosa Nunes Matta

    Um beijo, Lea, sempre atenta e presente nas horas certas.

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