No caminho de Belmonte passo pelo pequeno cemitério, à beira da estrada, onde sepultei meu irmão. De longe vejo a cruz de cimento fixada na terra. Foi o que ficou. A matéria se fundiu com a terra, voltou ao pó. Não espero que ele esteja lá, ficou apenas a cena num velho filme de enterro em manhä de sol na véspera de Natal e o sentimento de que quando ele chegou, vindo do Rio de Janeiro como pediu, flutuou no ar, mergulhou no mar de Mogiquiçaba, se refrescou a sombra das árvores e seguiu para outra dimensão.
Mudou a cor da pintura do muro e do portão, as copas das árvores cresceram, a grama esta verde por conta das chuvas. Carros vão e voltam na estrada tudo ficou no tempo. Muitos nem olham ou lembram dos que ali deixaram, o tempo corre na estrada. Léa Penteado Enviado do meu Blackberry
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Comentários
Frutuoso Silva Galvã… em Domingos lpenteado em Parabéns Leny Andrade Marilia Barbosa Nune… em Parabéns Leny Andrade Nadya Milano em Autumn leaves, fora do te… Sheyla Souza Costa em Opinião 1964
Amiga…por incrível que pareça, não há uma vez que eu passe por lá que não me lembre dele.
Pois é querida amiga. Nossos entes queridos vão (três irmãos já se foram, fora amigos/irmãos) , a matéria retornando ao pó e o espírito para a LUZ maior. Só nos resta a saudade e a certeza de que para lá também iremos e agradecer a DEUS pela graça da vida. Beijo amiga e saudade.
Léa querida,até na despedida vc tem poesia em suas palavras!!!
bjs