Esta semana, numa conversa, alguém me lembrou que a vida é finita. Sei, mas não sei. Ou esqueço que sei. Quanto tempo de vida ativa você ainda acha que tem? Me perguntam insistindo para que eu me lembre de quanto já caminhei. Respondo que creio ter todo o tempo do mundo. Talvez um dia, um mês, um ano, uma década… No momento estou na campanha rumo aos 70 com muita saúde. Me lembro do susto quando subi na balança ao voltar de Portugal em 2004: 75 quilos cravados. Como assim? Nos dois anos anteriores deixei de fumar e entrei na menopausa, isso me tirou dos 62 quilos. Somaram as delicias da gastronomia lusa, as viagens pela França, Espanha, começando um grande estrago! Depois vieram a vida boa na Bahia, tempos com mais stress trabalhando em SP, e quando percebi, cheguei aonde estou. Não revelo meu peso nem sob tortura, mas decidi chegar aos 70, ou próximo disso, nos 70 anos…. Vou até aonde achar que estou me sentindo bem, sem cara de doente nem corpo caidaço…
Tenho refletido sobre qual foi o momento em que deixei de me olhar por fora e foquei no interior… Deus, os mestres, os santos, os gurus, os anjos, não podem gostar de alguém que esquece o externo, a saúde, o bem estar com o corpo. Posso culpar as confortáveis calças comprida com elástico na cintura, os vestidos largos, a praia deserta onde quase ninguém me vê, a cerveja gelada no calor, o Aperol Spritz com amigos, as deliciosas massas italianas, as caipivodkas aos domingos, as barras de chocolate Talento assistindo filme, cocadas da Lelê, e por aí vai… Na realidade o que me fez engordar foi o conjunto da obra. Voltar ao corpinho do passado é querer me agarrar à fonte da juventude. Sei que hoje sou bem melhor, deve haver um meio termo. E é o equilíbrio o que mais busco nestes tempos. O mesmo sentimento quando subo na prancha do Pilates. No início parecia impossível, hoje consigo surfar em terra firme…
Há 8 dias comecei o processo do olho no entorno sem perder o conteúdo. Comprei uma balança, doei 31 latas de cerveja e dois litros de refrigerante que estavam na geladeira. Não tomo refrigerante há muito tempo, mas eu comprei para atender amigos nas férias. A lata do delicioso doce de leite de Minas está guardada para um momento especial, uma pequena colher como prêmio quando estiver próxima ao objetivo. Pilates 4 vezes por semana, caminhadas. Nada de carboidrato, só proteína, ovos, legumes e verduras… Zero açúcar e farinha branca. Vale o azeite e o ghee (manteiga clarificada) feito em casa. Água, muita água… Preces e bons pensamentos, na certeza que o futuro será um espetáculo !
Muito bom, Léa. Estamos no mesmo barco, exceto que vivo sob tortura do doce de leite mineiro Viçosa. A luta interior é imensa e constante entre o admitir a fachada e manter-se em estado de cumplicidade comigo. Mas vamos em frente. Beijo, seu, Roberto
Querida, seu texto foi feito pra mim também, rsrsrs… Por favor, mande um endereço para eu mandar uns mimos procê, Beijo, Marilia🍀